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Nova licença-paternidade aprovada na Câmara: o que sua empresa precisa saber para se preparar

Início Direito do Trabalho Nova licença-paternidade aprovada na Câmara: o que sua empresa precisa saber para se preparar

A Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei nº 3.935/2008, que reformula totalmente a licença-paternidade no Brasil e cria um novo benefício: o salário-paternidade, pago pela Previdência Social. A mudança impacta empresas de todos os portes e exige atenção dos empregadores, especialmente para adequações de folha, compliance trabalhista e organização interna.

Embora ainda precise passar pelo Senado, o texto avança como a maior modernização da política de paternidade já aprovada no país — e os empresários precisam entender como isso afetará contratações, folhas de pagamento e afastamentos a partir de 2027.

Índice do Conteúdo

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  • O que muda com a nova licença-paternidade?
  • Quantos dias de afastamento o trabalhador terá?
  • Quem paga a licença?
  • Haverá estabilidade no emprego?
  • E nos casos de adoção ou guarda?
  • Quando o benefício pode ser suspenso?
  • O que muda para trabalhadores informais e autônomos?
  • Impacto fiscal e financeiro
  • Por que a proposta é considerada um avanço?
  • Quando tudo começa a valer?
  • Por que sua empresa deve se preparar desde já?

O que muda com a nova licença-paternidade?

A proposta cria um regime semelhante ao da licença-maternidade:
✔ afastamento remunerado;
✔ estabilidade no emprego;
✔ benefício pago pela Previdência;
✔ regras que também se aplicam a casos de adoção e guarda.

Ou seja, o pai passa a ter direitos mais amplos e estruturados, e a empresa deve se adequar às novas exigências de forma preventiva.

Quantos dias de afastamento o trabalhador terá?

A nova licença será ampliada de forma gradual, de acordo com as metas fiscais do governo. O cronograma previsto é:

  • 10 dias — de 2027 a 2028
  • 15 dias — em 2029
  • 20 dias úteis — a partir de 2030, caso as metas fiscais sejam cumpridas
    (se não forem, a ampliação pode atrasar até dois anos)

O texto original falava em 30 dias, mas foi reduzido para garantir viabilidade econômica e menor impacto na Seguridade Social.

Importante:
➡ O prazo é contado em dias úteis.
➡ A ampliação não gera custos extras diretos às empresas.

Quem paga a licença?

O pagamento fica a cargo da Previdência Social, por meio do novo benefício chamado salário-paternidade.

Para trabalhadores com carteira assinada:

  • A empresa antecipa o valor e compensa nas contribuições ao INSS (modelo igual ao salário-maternidade).

Para autônomos, informais, MEIs e domésticos:

  • O pagamento será feito diretamente pelo INSS, conforme a contribuição declarada.

O valor será de 100% da remuneração, até o teto previdenciário.

Haverá estabilidade no emprego?

Sim. Assim como já ocorre com a licença-maternidade, o trabalhador terá estabilidade:

  • desde o início do afastamento
  • até 30 dias após o retorno ao trabalho

Se o empregado for dispensado antes do afastamento, a empresa deverá indenizar em dobro o período correspondente à licença.

Essa regra vale para trabalhadores:
✔ CLT
✔ servidores
✔ autônomos segurados do INSS

Empresas devem reforçar seus procedimentos internos para evitar risco de passivo trabalhista.

E nos casos de adoção ou guarda?

O projeto equipara completamente a adoção ao nascimento biológico.

Quando o pai for o único adotante ou detentor da guarda judicial, ele terá os mesmos direitos da licença-maternidade equivalente — incluindo estabilidade e salário-paternidade.

Criação com deficiência garante prorrogação

Se a criança possuir deficiência, o pai terá direito a acréscimo de 1/3 no tempo da licença.

Exemplos:

  • licença de 15 dias → vira 20 dias
  • licença de 20 dias → vira 26 dias

A ampliação segue o princípio constitucional de proteção integral à pessoa com deficiência.

Quando o benefício pode ser suspenso?

A lei prevê suspensão da licença caso haja indícios de:

  • violência doméstica
  • violência familiar
  • violência sexual
  • abandono material

A suspensão pode ser determinada por:
✔ juiz
✔ Ministério Público
✔ autoridade competente

A medida existe para proteger mães e crianças em situações de vulnerabilidade.

O que muda para trabalhadores informais e autônomos?

Esse é um dos principais avanços do texto.

Pais que não têm carteira assinada, como MEIs, autônomos e desempregados que mantêm contribuição ao INSS, passam a ter direito ao salário-paternidade, recebido diretamente da Previdência.

Isso amplia significativamente a proteção social e inclui milhões de famílias que hoje não contam com qualquer benefício.

Impacto fiscal e financeiro

O impacto previsto é de até R$ 1,5 bilhão por ano quando a ampliação estiver totalmente implementada — valor considerado baixo diante do alcance social.

O pagamento virá do orçamento da Seguridade Social, e não do Tesouro, o que reduz pressão sobre as contas públicas e ajuda a manter a medida sustentável a longo prazo.

Por que a proposta é considerada um avanço?

A ampliação da licença-paternidade:

  • fortalece vínculos entre pais e recém-nascidos
  • reduz a sobrecarga sobre as mães
  • incentiva a paternidade ativa
  • melhora indicadores de saúde, desenvolvimento e produtividade
  • aproxima o Brasil de padrões internacionais

Hoje, o país é um dos que menos oferece dias de licença para pais na América Latina.

Quando tudo começa a valer?

A vigência está prevista para 1º de janeiro de 2027, com implementação progressiva até 2030.

Esse período permitirá às empresas:

  • ajustar seus departamentos de RH
  • atualizar sistemas de folha
  • rever políticas internas
  • treinar equipes
  • planejar afastamentos e substituições

Por que sua empresa deve se preparar desde já?

Mesmo aguardando análise do Senado, o projeto já aponta uma mudança estrutural.

Recomenda-se que empresários:

  • revisem políticas internas de licença
  • preparem RH e DP para novas rotinas
  • simulem impactos operacionais
  • atualizem convenções coletivas e manuais internos
  • adotem postura preventiva para evitar passivos trabalhistas

Com a nova licença-paternidade prestes a entrar em vigor, preparar sua empresa é essencial para evitar riscos, ajustar rotinas e garantir total conformidade trabalhista. Nossa equipe oferece orientação completa para que seu negócio se antecipe às mudanças, organize processos internos e implemente as novas regras com segurança jurídica e eficiência.

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